quarta-feira, 8 de setembro de 2010



Uma imagem que me fez pensar...



Não quero influenciar a leitura de ninguém, então só continuem se vcs quiserem saber a MINHA leitura da imagem.


Não é muita coisa, mas...
Foi só que essa imagem me fez pensar... Eu estava procurando imagens fofinhas de castelos pro post do concurso de ontem, e me deparei com essa, então resolvi guardá-la pra hoje.

Tem momentos da vida em que não temos muita coisa excepcionalmente exitante acontecendo, então... tal imagem não seria tão contundente. Quando desenhamos nosso nome na areia, não esperamos que o mar o resguarde de seu beijo por longo tempo... é natural que ele se vá, assim como foi fácil escrevê-lo, é fácil apagá-lo.

Mas raramente construímos um castelo de areia que não nos cause certa desolação abandonar ao fim do dia, ou ver desmoronar...

Engraçado. O fato é que sabemos (claro que sabemos) que o castelo é feito de areia, que sua constituição é frágil e delicada, mas, depois de algum tempo dedicados ao esforço de torná-lo firme, belo, agradável aos olhos de quem passa...(muitas vezes nem pensando em torná-lohabitável), vamos gradativamente nos esquecendo de sua constituição passageira, do perigo constante das ondas inconstantes que o acercam.

Castelos de areia não foram feitos pra durar mais de um dia, então por que nos empenhamos tanto na empreitada de impedí-lo de cair?

Cair é o destino dele, voltar a ser o que era antes de um ser humano pretensioso achar que podia domá-lo.

Parece um pouco com a relação que temos com o nosso próprio corpo... Queremos enfeitá-lo a cada dia, torná-lo belo, firme, agradável aos olhos dos outros, e por tantas vezes nos esquecemos de torná-lo morada aconchegante para nossas almas.

Mas o corpo, como o castelo, perece a seu tempo, e nós, reles mortais, na ânsia de dominá-lo, por vezes esquecemos de usufruí-lo.

Cada pequeno esforço para criar um castelo único na tão comum areia deve ser aproveitado... Pra isso, basta olharmos atentos os flertes do mar, que nos lembram, com suas ondas zombeteiras, que nossa frágil construção pode, num piscar de olhos, ser levada de nós.


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